Moçambique - Chude Mondlane


Chude Mondlane é filha do malogrado Eduardo Mondlane, primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique. Tal Pai tal Filha! Estudou nos Estados Unidos, na mesma Universidade onde o Pai estudou, e vive actualmente em Moçambique.
(Tema 1, 6:47)
É uma cantora inovadora e estilista vocal que desafia os seus "standards" consigo própria, dai as suas canções serem cantadas sempre com formatos diferentes, dependentes do local e da ocasião.

É a jóia do Afro-Jazz Moçambicano. Estudou coreografia e dança em Filadélfia, onde se torna solista na Companhia de Dança, mais tarde estuda Ballet Clássico em Moscovo. Ganha vários prémios em festivais internacionais.

(Tema 3, 4:42)

Trabalhou com grandes nomes como: Hugh Masakela, Sérgio Mendes, Roberta Flack, Marcus Miller, e agora Júlio Silva.

Com a experiência musical no mundo americano consegue misturar raízes africanas com jazz, soul, funk, gospel, salsa e outros estilos.

(Tema 6, 4:14)

Esta é voz dedicada aos Moçambicanos. É a digna representante do orgulho nacional e apreciada todos os que gostam de música.

(Tema 7, 4:15)

Senegal - Youssou N'Dour

Natural de Dakar, capital do Senegal, Youssou N'Dour, nascido a 1 de Outubro de 1959, aprendeu a cantar com a mãe, e aos dezenove anos juntou-se ao grupo Band of Dakar, para formar o Super Étoile de Dakar.
(Bamako, 4:19)
A sua actividade politica levou-o a organizar, em 1985, um concerto pela liberação de Nelson Mandela, no Estádio da Amizade, em Dakar. Também organizou vários concertos em benefício da Amnistia Internacional. Embaixador de boa vontade para as Nações Unidas e para a UNICEF, foi também eleito embaixador embaixador da Organização Internacional do Trabalho.
(Fakastalu, 3:53)

Em 2004 participou do CD Agir Réagir em favor das vítimas do terremoto que atingiu a região de Al-Hoceima, em Marrocos.

(Feneme, 5:13)

Foi em 1984 que os Super Étoile estrearam nos palcos europeus, um ano antes de partir para conquistar os palcos norte-americanos. N'Dour colaborou nos discos "Graceland" de Paul Simon e "So", de Peter Gabriel.

Youssou N'Dour sempre se manteve fiel às suas origens e continua a morar na sua cidade natal.

(The lion, 5:33)

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Mali – Salif Keita

Salif Keita nasceu a 25 de Agosto de 1949 em Djoliba no Mali. Reúne condições físicas e de descendência que o tornam único, além de ser portador de uma voz a que muitos chamam a “voz dourada de África".

(Salif Keita, Dalimansa, 4:52)

A sua música é uma mistura de estilos de música tradicional da África Ocidental, Europa e América e no entanto mantendo estilo de música Islâmica. Entre os instrumentos musicais mais utilizados por Salif Keita incluem-se balafons, Djembês, guitarras e koras.

(Salif Keita, Sina (Soumbouya, 4:49)
Ele é único, não só devido à sua voz como também pelo facto de ser albino, sinal de azar na cultura Mandinka, e por ser um descendente directo do fundador do Império Mali, Sundiata Keita. Esta herança significa que Salif Keita nunca poderia ser um cantor que é visto como uma função desempenhada por Griots.
(Salif Keita, Tenin, 6:16)
Salif refugiou-se em Abidjan, Costa do Marfim, devido à instabilidade politica que assombrou o Mali em meados de 1970 e foi com a banda para Les Ambassadeurs Internationales que ganhou reputação internacional. Em 1977 Keita recebeu o prêmio National Order do presidente da Guiné, Sékou Touré. Mais tarde vai viver para Paris.

(Salif Keita, Papa, Abede, 6:36)


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Cabo Verde - Lura e Mayra


Preparem-se. Aumentem o volume e deixem-se enfeitiçar com as músicas de Cabo-Verde.

Como às senhoras não se pergunta a idade, Lura e Mayra Andrade não tem idade, têm duas vozes fabulosas. As diferenças são muitas - Mayra nasceu em Cuba e cresceu entre Cabo Verde, Senegal, Angola e Alemanha e vive em Paris, desde 2003. Lura nasceu e vive em Lisboa e M’ bem di fora,

(04, No bem fala, 4:22)
O envolvimento com o meio artístico começou cedo, com participações em projectos teatrais e corais, mas sua carreira como cantora despontou em 1996, quando gravou o seu primeiro álbum, cuja canção título, Nha Vida, foi um sucesso imediato que lhe rendeu um convite para participar em importante projectos, entre os quais acompanhar Cesária Évora em vários concertos.

(07, M’bem di fora, 3:44)
Mayra, NAVEGA no seu primeiro disco, o qual integra três canções de sua autoria e acaba de ganhar o prestigioso prémio da crítica alemã,"Preis der deutschen Schallplattenkritik", para o melhor álbum revelação 2006, atribuído por um júri constituído por 114 jornalistas especializados em música.
Mayra Andrade (01 Dimokransa, 4:28)

Militante da cultura cabo-verdiana, no palco Mayra Andrade impõe o seu próprio estilo – aos tradicionais ritmos da morna, coladeiras, funaná e do batuque, acrescenta influências do jazz e da música brasileira.

O tema que dá nome ao álbum Navega, tem tudo que ver com a angústia de quem parte para o trabalhar o mar.
(08 Navega, 6:44)
Com a sua voz grave, sensual e espantosamente afinada, Mayra Andrade propõe uma onda de ritmos quentes inesquecíveis.
(12 Regasu, 6:17)

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Tanzânia

A Tanzânia foi uma colónia alemã entre 1880 e 1919, mais tarde foi colonizada pelo ingleses, que ai se mantiveram entre 1919 e 1961. A independência chega a 26 de Abril de 1964, com a fusão de Tanganhica e Zanzibar para criar a Tanzânia. Existe qualquer coisa realmente fantástica na música da Tanzânia, a riqueza dos instrumentos e a voz são de facto especiais. Se não ouçam.

(Kiko Kids JazzTanganyika na Uhuru Kids Jazz, 2:45)

É igualmente verdad
e que ao longo dos anos existem estilos musicais que influenciaram a música popular africana e que vão atravessando continentes. Saber quem influenciou quem, é o dilema.

(Nuta_Jazz-Janja_Yako, 2:56)

O coração da rumba está no Pais que se formou com o nome de Zaire, existem muitos outros mais grupos espalhados por outros países que tocam o mesmo estilo. Sendo uma das razões o estalar da guerra civil que eclodiu no Congo Belga durante os anos 60, que forçou muitos músicos congoleses a fugirem do país.
A música Afro-Congo-Cubana produzida na Tanzânia teve uma enorme expressão nos anos sessenta, havendo uma compilação de música original em 1983.

(Orchestre_Pepelepe-Mulambo, 8:35)

Para mim a música da Tanzânia capta o que há de mais bonito no mundo dos sons.

(Orchestre_Super_Mazembe-Kassongo, 4:35)


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Nigéria - Fela Kuti

Fela Anikulapo Kuti, nasceu a 15 de Outubro de 1963 em Abeokuta, Ougun State, Nigéria numa família de classe média. A mãe era uma activista dos direitos das mulheres e pertencia ao movimento anti-colonial e o pai era um um padre protestante e director de escola, tendo sido o primeiro presidente da União de Professores da Nigerianos. É neste contexto que Fela Kuti é educado, com uma forte consciência social e politica do País em que vive.

(Fela Kuti - 02 - Fefe Naa Efe, 8,10)
Em 1958 vai para Londres com a intenção de estudar medicina, mas decide enveredar pela música. Forma a banda Koola Lobitos, que começa a tocar um estilo novo e que mais tarde se dá o nome de Afrobeat. Este estilo resulta da fusão do Jazz, Funk com os estilos bem marcados da música tradicional negra.

Em 1963, regressa à Nigéria e re-forma os Koola Lobitos que depois de descobrir o movimento black power lhe dá o nome de Nigéria70. Irreverente, controverso torna-se um lider no processo de libertação da Nigéria.

(Fela Kuti - 03 – Igbe, 8:06)

Envolve-se na luta contra os governos militares Nigierianos e a sua música passa a arma politica integrada no movimento de defesa dos direitos humanos e das ditaduras militares. Morre, em Lagos, Nigéria a 2 de Agosto de 1997.

(Fela Kuti - 01 - Gentleman, 14:39)





Àfrica do Sul – Brenda Fassie

Começamos ao Sul, na África onde os dois grandes mares se encontram e viram nascer a 3 de Novembro de 1964, na cidade de Langa, subúrbios de Cape Town, Brenda Fassie.

Anos mais tarde foi viver para Johannesburg onde iniciou uma carreira como cantora.

Senhoras e Senhoras... Brenda Fassie!

(07 Too Late for Mama, 3:57)

Admirada por todos, a imprensa mundial reconhece-a como a "Rainha da Pop". Controversa na vida, a sua música corre mundo sem que ela abandone o Soweto..

(20 Kuyoze Kuyovalwa, 4:26)

(04 No No No Senor, 3:25 )

Vende milhares de disco e torna-se um símbolo da música feminina africana, recebendo a maior distinção Sul-africana - a “Kora” - para a melhor voz feminina do ano de 1994.

Brenda fica definitivamente ligada à luta dos negros do Soweto e do seu líder Nelson Mandela. Apoiante inequivoca do ANC (Congresso Nacional Africano) dedica à luta de libertação algumas das suas músicas mais famosas.

(10 Black President, 4:26)

(01 Vul'indlela, 3:52)

Morre a 9 de Abril de 2004, com 39 anos, provavelmente cansada de viver com o peso da doença que consome África. O seu inconformismo e a sua luta deixam um eterno testamento para a liberdade e para a música de todo o mundo.
(12 Ngeke Umconfirm, 4:16)

“I wanna be loved. I just wanna be loved."